Muita gente não viu, mas ontem na abertura da Copa do Mundo, o primeiro chute na Arena Corinthians foi dado por um paraplégico. Juliano Pinto, de 29 anos, usava o exoesqueleto desenvolvido pelo neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que prometeu fazer um jovem andar no campo e chutar a bola. O movimento, que passou quase despercebido, já que o jovem não andou, foi uma demonstração do Projeto Andar de Novo, que recebeu um investimento de 33 milhões de reais do governo federal. Longe de mim, que sempre defendi a promoção da ciência, ir contra a qualquer estudo cujo objetivo é alcançar formas de movimentar o corpo humano. Contudo, a viabilidade e o investimento colocado no projeto, diga-se de passagem, com dinheiro público, não podem deixar de ser questionados. Com 33 milhões de reais, poderíamos realizar diversas pesquisas em prol da cura de paralisias e a reversão de doenças paralisantes e lesões medulares. Com uma pequena parte desse dinheiro, faríamos pesquisas voltadas p