Certa vez fui tentar aconselhar um adolescente que estava usando drogas. Ele já havia abandonado a escola, raramente tomava banho, estava roubando coisas de sua própria casa e havia se envolvido com uma gangue do bairro.
Tentei fazê-lo ver como seus pais sofriam com este seu mau comportamento, mas ele me disse: “Eu não pedi pra nascer!”.
Lembrei-me, então, que na minha adolescência eu também falava isso para a minha mãe, e fui embora pensando no que os adolescentes querem dizer com estas palavras. Talvez estejam dizendo algo mais ou menos assim: “Vocês me trouxeram a este mundo horrível sem me perguntar se eu queria vir ou não; agora vocês vão ter que me aguentar!”.
Ao chegar em casa, entrei em oração, pedindo sabedoria a Deus. De repente, não sei como, uma imagem maravilhosa formou-se diante dos meus olhos. Vi um óvulo humano cercado de espermatozoides que tentavam fecundá-lo, e vi o momento exato em que um deles conseguiu entrar, deixando todos os demais do lado de fora.
Tudo isso bem à minha frente, em tamanho gigante – a imagem formada tinha cerca de um metro quadrado.
No dia seguinte voltei à casa do rapazinho, e disse-lhe:
- Ontem você mentiu para mim!
Ele ficou me olhando espantado, tentado adivinhar do que eu estava falando:
- Ontem você me disse que não pediu pra nascer, mas é mentira. Quando sua mãe engravidou, você lutou desesperadamente contra mais de trezentos milhões de outros espermatozoides para poder fecundar o óvulo. Correu, lutou, venceu, fecundou, se desenvolveu e nasceu. Ao invés de ser você, poderia ter sido qualquer outro. Seus pais tiveram mais de trezentos milhões de chances de ter um outro filho ou filha. Alguém melhor ou pior que você, eu não sei, mas isso agora não importa mais. Você lutou para estar aqui agora e venceu, Valorize a sua vida e deixe de arranjar desculpas. Dê alguma alegria aos seus pais.
(Testemunho anônimo)
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